SOB O GELO - DIÁRIO DE AVENTURAS (Parte 01):

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RELATO DA SESSÃO 01 (02/07/2022)

ATO I – CAPÍTULO I

SOB O GELO - DIÁRIO DE AVENTURAS:

Os nossos heróis recebem o pedido de ajuda de Louise van Adelaide, a líder da Sociedade das Feiticeiras em Altavista, no meio das Montanhas do Dragão no extremo norte do Reino de Kovir e Poviss. São eles: Lionel AL Medjay e Roland de Cidaris - os bruxos da escola da Manticora – além de Leonel Saviola, um ágil lanceiro ex-soldado do Império Nilfgaardiano e Dawid (Dudu) Doodlevoletor, um gnomo comerciante, alquimista e com um certo talento para a magia... Após se prepararem comprando alguns agasalhos em um vila próxima, seguem subindo a montanha em direção a Altavista. Dudu segue em sua carroça de bois dois andares, que ele chama de Beth, uma maravilha construída por ele mesmo, contendo sua moradia, uma forja e uma pequena biblioteca, como o estoque de produtos que são vendidos por ele.


O grupo chega em Altavista, uma imponente construção ao meio a névoa e a neve que cai copiosamente. Eles são recebidos pela feiticeira Louise e suas companheiras: Clarisse de Claudine e Catrin Preece:
“Você chegaram bem na hora, por pouco não haveria mais tempo. Entrem e se aqueçam. Discutiremos o assunto em questão daqui a uma hora, quando estiverem mais descansados dessa longa viagem. Como em breve voltarão ao caminho, então não precisam desfazer as malas. Por favor, aproveitem os lavatórios. Suas botas podem ser colocadas à minha direita. Se tiverem esquecido de trazer calçados mais confortáveis, podem pegar um no cesto sob o armário de casacos à minha esquerda. Enquanto isso tenho alguns assuntos urgentes a tratar. Adeus”
Enquanto o grupo descansa um pouco da viagem, Louise os deixa nas mãos de Clarisse e Catrin que puxam conversa com eles. Clarisse se mostra muito interessada pelo “Dudu” quando descobre que ele é um alquimista. Ela comenta sobre a grande festa das feiticeiras que ocorrerá dali há sete dias e o convida para ser seu companheiro. Ela explica que será um grande encontro de feiticeiras de muitos lugares, e que cada uma tem direito a levar um convidado. Como ela é empolgada com alquimia, nada mais natural que chamar o gnomo para compartilhar de suas estórias com as demais feiticeiras na festa.
Quando Roland escuta “festa” logo se interessa pela conversa e oferece seu talento para produzir a melhor cerveja da região. Sim Roland de Cidaris bruxo nas horas vagas é também um cervejeiro que se diz “o melhor de toda a região”, comparando o seu talento até mesmo aos dos mestres cervejeiros anões de Mahakam.
Nesse momento Louise retorna com a missão:
“Vamos ao que interessa. Nossa sociedade está hospedando uma festa para as feiticeiras mais ilustres em apenas sete dias. Tudo deve ser perfeito, e assim meus companheiros confiaram em mim para planejá-lo assim. Vocês estão aqui para resolver um problema que não tenho vontade de resolver sozinha. Ao norte há uma vila de cortadores de gelo nas margens do Lago Tankred, que paguei para entregar um bloco de gelo natural de sua águas.
Ontem à noite, um menino, Olgar, da aldeia chegou em Altavista de mãos vazias, alegando que um monstro de quatro patas assustou os trabalhadores tornando impossível cortar gelo. Nós o aprisionamos no porão, garantindo que seu pai cumprirá o contrato e não causar nenhum empecilho a vocês. Fiquem tranquilos qe serão bem pagos: 50 Bizantes. Uma soma justa a pagar para matar um simples Wargs e voltar com um bloco de gelo.
Atenção, cheguem dentro de sete dias, se atrasarem e não haverá pagamento. A viagem é curta. um mero dia de viagem a pé para o lago. O menino carregava um mapa, embora esteja um pouco borrado no meio, talvez seja útil, aqui, tomem ele.”
Louise os leva para o menino Olgar, no porão. Eles o surpreendem dormindo em um colchão coberto de migalhas de comida, ao que parece ele está muito bem servido, de estômago cheio e não pretende sair dali! Após pedir que avisem seu pai que está bem ele relata o que sabe:
“Um monstro saiu de debaixo do gelo durante o primeiro turno da noite e matou os cortadores que nós haviamos contratado para a temporada - papai diz que foram arrastados para debaixo do gelo. Eu não vi muito bem, meu pai me enviou para buscar ajuda, mas não era nenhum lobo como o mulher loira pensa. Lobo não sabe nadar nesse frio a menos que seja necessário. E eles nunca caçam sozinhos. EU Não me aventuraria no lago se eu fosse você.”
Sem mais delongas, após um breve conversa com Louise em que aceitam a missão e fecham o negócio, o grupo parte para Altavista. Mas sem antes deixar os cavalos e carroça “Beth” aos cuidados dos servos de Louise, afinal seria uma viagem perigosa para eles. Embora o gnomo não se sinta confortável em abandonar sua companheira, Louise garante que cuidará com todo o zelo de sua “hospede”.
O grupo parte seguinda trilha que sobe a montanha, seguindo o mapa fornecido por Louise e detalhado por Olgar, em meio à neve que se acumula ainda mais no caminho. Após quatro horas de caminhada, são surpreendidos por uma terrível nevasca. Porém graças as informações dadas por Olgar e pela sua própria experiencia em sobreviver nas montanhas conseguem não se perder e chegam ao anoitecer em segurança no vilarejo.
O vilarejo se encontra à beira do lago Tankred em uma grande clareira, cercado por uma floresta de pinheiros cobertos de neve. Logo que o grupo sai da floresta, percebem que foram seguidos por uma matilha de lobos que se prepara para ataca-los. O grupo se posiciona para o combate: os bruxos fazem uma parede de escudos, com o Lanceiro Leonel em um dos flancos e o gnomo atrás deles. Os lobos são liderados por um grande Warg que “ordena” a matilha que cerquem o grupo.
O ataque é breve. Dudu conjura uma grande ilusão na forma de uma besta que emerge do solo, atraindo a atenção da matilha, pelo menos inicialmente. Eventualmente os lobos voltam novamente a atenção ao grupo. Os lobos atacam mas a parede de escudos resiste. O Lanceiro derruba alguns lobos mas é ferido em seu pé. No entanto graças aos seus longos anos de estudo de “balé” ele consegue se manter miraculosamente em um pé só (para a surpresa dos demais personagens e jogadores: teríamos um bailarino no grupo?).
Os bruxos atacam os demais lobos e incluindo o Warg, eliminando quase toda a matilha e ferindo gravemente o seu líder. Percebendo que não seria uma boa ideia continuar lutando uma batalha perdida contra oponentes tão fortes, o grande lobo decide recuar e fugir, procurando alimento em outro lugar. Ele e um punhado de lobos escapam para lamber suas feridas longe dali. Dudu procura assistir o companheiro ferido Leonel e faz algumas ataduras no seu pé machucado. Sentindo-se melhor, Leonel segue com o grupo para o vilarejo.


O vilarejo é composto de poucas construções: a maior delas (logo ficam sabendo ser o albergue onde ficam os trabalhadores temporários), duas menores onde moram o ancião Yongar e seu filho Olgar, e Henrick e sua filha Hilde. Logo que se aproximam do vilarejo são recebidos por Yongar e Henrick:
“Nossos costumes exigem que demonstremos hospitalidade. Henrick, você deve alimentar os viajantes. Eu manterei a fogueira central acesa durante a sua estadia. Viajantes, vocês podem dormir no albergue e aproveitarem qualquer equipamento útil que lá estiver. Encontrem-me de manhã e falaremos sobre a Fera. Até lá fiquem longe da construção queimada, ela é assombrada e amaldiçoada.” 

Yongar ao ver o medalhão de bruxo que Lionel e Roland estavam portando ainda se oferece para coletar ingredientes para eventuais poções que eles pretendam fazer. Dudu ouvindo isso entra na conversa também pedindo por ingredientes! Os bruxos agradecem a oferta. O ancião se despede deixando-os com Henrick:
“Vou começar a cozinhar agora, devendo demorar uma hora. Enquanto isso, por favor, podem deixar suas coisas no albergue, a construção maior. Recomendo acender a lareira agora, para que esteja quente o bastante na hora que forem dormir.”
O grupo se dirige ao albergue, uma grande construção de madeira de estilo simples de um andar, uma casa comunitária construida para jovens cortadores de gelo dormirem. Ela se estende por cerca de 10 metros de comprimento por 4 metros de largura. O seu interior é um espaço único sem divisórias para dormir. Há oito camas com um baú sob cada uma delas e uma grande lareira ao final do longo cômodo. O lugar está parcialmente bagunçado. Metade das camas está desarrumada, coberta por roupas e outros pertences pessoais. As outras quatro estão perfeitamente arrumadas.
Após vasculharem o local encontram em meio aos pertences largados ali pelos moradores antigos algumas coisas interessantes: quatro conjuntos de roupas de frio, três pares de sapatos de neve, duas unidades de pó de coagulação usados para primeiros socorros, dois baralhos de Gwent, uma barra de sabão e para a surpresa de Roland uma garrafa de um excelente destilado anão para aquecer a garganta nas noites geladas do inverno!
O grupo também aproveita para conversar e analisar o que haviam percebido até ali. Os bruxos suspeitam que a fera poderia ser algo ligado à tal construção amaldiçoada. Há criaturas que surgem de maldições ocorridas e que somente podem ser eliminadas quando a maldição que a fez tomar forma é quebrada. Infelizmente eles não tem muitas informações ainda e decidem aguardar o jantar. Em breve Henrick aparece anunciando que ele está pronto. Os aventureiros se dirigem à sua casa.
A cabana de Henrick é rústica, simples e com pouco decoração, mas bem aquecida em comparação com o frio lá de fora, o que já é um alento para quem permaneceu tantas horas naquela floresta gelada. Um cômodo com duas áreas para dormir, separadas por cortinas feitas de peles de lobos. Henrick arrastou caixas e sacas de cascalho ao redor de sua diminuta mesa para compensar a falta de assentos adequados. Logo que entram presenciam uma breve discussão entre pai e filha, a menina insistia em conhecer os forasteiros. Vencido pela teimosia da filha, Henrick aquiece o desejo da menina.
A refeição é uma versão simplória de uma guisado aguado de vegetais e ervas locais. Como não há o suficiente para todos, Henrick não come. Um dos aventureiros oferece uma das rações que carregava a Henrick que agradece e come com avidez. Hilde reclama de dor de barriga, pela aparência anémica dela, percebem que isso provavelmente é decorrente de sua desnutrição. Henrick pede desculpas pela qualidade do seu guisado, afinal o Inverno tem sido cruel e eles tem tido poucos alimentos naquele lugar.
Hilde conta a todos como seu pai é legal e que é um excelente desenhista. Ela pergunta seu pai quando o “tio” Olgar irá retornar, pois a havia prometido a ensinar a andar de patins no lago. Henrick a proíbe a andar no lago até que a Fera seja morta. O grupo aproveita para perguntar mais detalhes sobre a fera mas Henrick não sabe de muita coisa.
Quando abordam sobre a construção queimada percebem que ele fica perturbado e incomodado com a pergunta. Ele se limita apenas a afirmar que houve um acidente com fogo há praticamente uma semana e os corpos dos moradores que moraram ali não foram encontrados. Ao ser perguntado de como sabem que aquele lugar é assombrado ele afirma que Hilde e ele tiveram pesadelos com aquele lugar. Ao finalizarem a refeição, Henrick leva Hilde para deitar e se despede dos aventureiros.
Ao sair da cabana de Henrick o grupo decide investigar a construção queimada. Ao se aproximar os amuletos dos bruxos vibram revelando haver ali algo de terrível. Os aventureiros percebem que apesar de coberta pela neve, partes carbonizadas de escombro ainda estão mornas. Eles estranham, afinal se o incêndio ocorreu há vários dias, já era para tudo estar frio. Também notam em meio aos escombros um alçapão que deve levar a algum porão ou despensa. Como já está tarde decidem investiga-lo na manhã seguinte após conversarem com o ancião. Retornam para o albergue afim de descansarem.
Ao acordarem, Hilde os avisa que Yongar os aguarda em sua cabana, uma construção ligeiramente maior que a cabana de Henrick, perto da orla do Lago Trankred. Roland entrega a pequena Hilde uma ração que a recebe com alegria, agradecendo profusamente o bruxo pela sua generosidade.
Uma varanda que dá acesso a uma pequena sala de convivência com uma mesa redonda com um vaso de flores secas no qual provavelmente ele faz suas refeições com seu filho Olgar. Da sala é possivel ver duas portas que dão acesso a dois quartos, o de Yongar e o de Olgar. Da sala dá para ver que o quarto do ancião é repleto de quinquilharias que provavelmente ele coletou em toda sua vida.
Também é possível ver um pedaço do quarto de Olgar, bem bagunçado. Yongar pede desculpas pelo estado do quarto, afirmando que seu filho estava reparando algumas ferramentas de corte de gelo quando foi interrompido pela missão de seguir para Altavista.
Sem delongas ele começa compartilhando sua versão dos fatos:
“Era a primeira noite da nossa temporada de retirada de gelo e eu havia atribuído o primeiro turno a quatro trabalhadores temporarios. Eu estava olhando pela janela da minha cabana, garantindo que tudo estava de acordo com os planos. Eles tinham acabado de retirar o primeiro bloco de gelo da estação, do centro do lago, quando ouvi um grito. Olhei para o lago.
Três trabalhadores estavam gritando e acenando com as mãos. O quarto trabalhador já não estava mais ali. Acho que também não viram o que aconteceu. Quando entenderam, começaram a correr.
A Fera saltou do buraco para a superfície e pegou dois dos trabalhadores restantes. O último estava com uma tocha e a Fera o encarou por um instante antes de enfiar na boca os dois homens que estavam em poder de suas garras.
Com a barriga estufada tentou alcançar o último trabalhador mas movia-se mais devagar. O rapaz largou a tocha e correu para a orla o mais rápido que pôde. A Fera mergulhou de novo e eu vi o gelo se abrir sob o rapaz segundos depois. Não vi nem ele nem a Fera de novo.
Depois de vê-la evitando a tocha, reuni os trabalhadores temporários restantes e pedi que fizessem uma fogueira no centro da vila em troca de mantimentos para a viagem para o Sul, já que os quatro estavam prontos para correrem nus pela floresta, só para sair daqui. Em seguida, enviei meu filho para conseguir ajuda das feiticeiras e tenho mantido a fogueira acesa desde então, com a ajuda de Henrick”
O grupo faz algumas perguntas sobre a fera chegando a conclusão de que ela é motivada por comida, não gosta de fogo, é uma nadadora hábil capaz de quebrar o gelo do lago facilmente. Seu estomago é elástico e comporta pelo menos três homens e quando cheia fica mais lenta em terra, mas ainda assim capaz de se deslocar rapidamente sob a água. Mesmo com o estômago cheio, sua avidez por encontrar mais comida permanece.
Ao mencionarem sobre a construção Yongar parece desconversar e recomendam que foquem na criatura e não na construção amaldiçoada. Percebe-se claramente que ele fica desconfortável com o assunto. O grupo insiste, o ancião dá de ombros dizendo que deveriam fazer o que acharem melhor, desde que matem a criatura. A situação da vila é crítica, sem seu sustento vindo do corte do gelo, eles vão todos morrer de fome em breve.
Os bruxos decidem investigar com Dudu o alçapão da construção em ruínas enquanto Leonel fica descansando no albergue. Dudu conjura um guerreiro mágico para ajudar o grupo e o envia primeiro em meio a escadaria do alçapão recém aberto. Como nada acontece os bruxos decidem entrar e logo percebem a verdade terrível sobre aquele lugar.
A escadaria revela uma despensa subterrânea que é o lar de quatro cadáveres todos amontoados em uma pilha. Uma prancha de madeira está na frente dos corpos, na qual há retratos desenhados com carvão e decorações com flores secas. Uma análise dos corpos revela ser da família que morava ali: o pai, a mãe e duas crianças.
Eles estão muito bem conservados, talvez em decorrente do corpo. Tomando coragem, o gnomo curioso resolve descer e avaliar os corpos. Há marcas de hematomas espalhados em todos eles sinalizando que foram vitimas de golpes rombudos e participaram de uma luta. Com certeza foram mortos de uma forma cruel, até mesmo as crianças... Quem faria isso? Dudu afirma que embora estejam conservados pelo gelo, devem ter morrido há poucos dias, entre três ou quatro dias. Pelos relatos dos moradores, provavelmente na véspera do aparecimento da Fera do Lago Tankred.
Avaliando a despensa os bruxos também percebem vários caixotes e tonéis abertos e com alimentos. Alguns deles foram derrubados ao chão, revelando que foram retirados dali às pressas pelo suposto assassino. Agora o grupo tem quatro suspeitos: Henrick, Hilde, Yongar e Olgar. Quem seria o autor desse terrível crime? Os bruxos percebem que para acabar com a fera precisarão solucionar o crime trazendo justiça às vitimas!


Dudu lembra o grupo de que Hilde havia mencionado a talento de Henrick pelo desenho e aqueles desenhos com certeza poderiam ter sido postos por ele. Alguém também menciona a dor de barriga de Hilde, seria ela a fera? Porém Dudu descarta, afinal como uma criança poderia se transforma numa imensa besta? Yongar poderia ter decido até a despensa e usado essa comida extra para fornecer aos operários que queria sair dali correndo. No entanto essa ideia é descartada, afinal, seria mais provável que alimento fosse usado para eles mesmos, diante da sua atual situação precária. Enfim estava na hora de confrontarem os moradores da vila com o terrível crime cometido por um deles (ou talvez acobertado por todos?).
O grupo decide retirar os corpos dali para darem um ritual funerário digno a eles. Decidem leva-los até a grande fogueira para serem cremados. Quando chegam ao centro da vila com os corpos, Hilde que estava brincando perto dali, vendo aquela cena, assustado foge para chamar seu pai. Henrick retorna e, ao presenciar a cena, está totalmente empalidecido. Yongar também sai de sua cabana e está totalmente consternado.
Quando o grupo sugere cremá-los e confronta os moradores, Henrick cede e aos prantos confessa seus crimes:
“Sim! Eu os matei e provoquei o maldito incêndio para esconder meus crimes! Estava louco depois que Meredith minha esposa morreu de fome e doente. Não poderia ver minha Hilde adoecer também. Eu estava desesperado, entrei na despensa deles para roubar o estoque de comida e o resto já sabem... E pelos deuses, como imaginaria que traria tamanha maldição para minha vida, para minha filhinha e meus amigos?”
Ele levanta a camisa revelando sua barriga inchada e translucida, sinal da maldição. É possivel ver a comida sendo digerida de seu estomago! Aquela cena nojenta revira o estômago de Dudu que por pouco não vomita sua última refeição!
Os bruxos diante daquela revelação confirmam que a Fera do lado é um amaldiçoado. Amaldiçoados são criados a partir da morte e da traição. Uma história amarga e frequentemente desnecessária. Para destruir a Fera do Lago Tankred há dois caminhos: um deles é perigoso e a o outro extremamente desagradável. Ou matam a Fera ou entregam Henrick para a Fera matar. Essa é a escolha que devem fazer.
A principio Lionel recomenda que entreguem Henrick para a fera, afinal ele é um assassino, para o horror dos moradores e os demais aventureiros. Ele ainda sugere que Hilde seja entregue aos cuidados de Louise em Altavista e à Sociedade das Feiticeiras da Alta Montanha. Henrick desesperado implora por misericórdia e ajuda! Roland conhecendo a frieza de seu companheiro faz um sinal para Dudu, logo descartando isso. Yongar quando confrontado se sabia dos crimes de Henrick desabafa:
“Meus jovens eu já suspeitava disso... Isso foi uma tragédia. Mas não tinha mais nada a fazer, os mortos não voltarão a vida... E revelar isso a Olgar e Hilde somente traria mais dor e sofrimento a eles. Mas agora que a verdade foi revelada é um peso tirado dos meus ombros cansados. Mas... como vamos nos livrar dessa besta?”
Percebendo que entregar Henrick seria um crime tão terrível quanto aquele já cometido, o grupo decide planejar seu encontro com a fera. “É evidente que precisamos atrair a besta para fora do lago”, sugere o gnomo. “Talvez uma isca, como o Henrick” sugere Lionel. E ficamos por aqui, pois a conclusão disso ficará para a próxima sessão! Será que os nossos heróis irão derrotar a besta e por fim a terrível maldição do Lago Tankred?

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